quinta-feira, 3 de julho de 2025

VENUS

terça-feira, 10 de junho de 2025

sábado, 31 de maio de 2025

Tal vez dizer sim fosse ré volucionario

sábado, 24 de maio de 2025

O que faço...

O que faço com tudo isso? Zippo as memórias, abro as gavetas, releio as linhas que brotaram da inspiração? Uso o casaco mais colorido, encho os pneus, bicicleta para uma volta? E tem as horas mescladas, e tem os sonhos traçados numa trilha brilhante de quartzitos míticos, por de sol. Lá no alto. Sim, tem os mares, embaixo, nem precisa dizer. Os pereguns intensos nos barrancos, o limoeiro acanhado, aterros a ruir, ...o que posso com tudo isso se tudo ficou imóvel, a voz num eco, oco de tempos apressados, e de calma rural numa segunda feira especial, de chuva que chora. E tem para brisas, estradas em pó. O que faço com o céu cada vez mais infinito, intenso, se as vezes nem chego a netuno? Para que serve todo esse silêncio? Qual herança, qual poesia, qual gargalhada, que samba num triste e feliz, suado carnaval?

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Nona, nonna

Il piccolo, il comune, l'immune quotidiano sono sempre stati lì, ma anche il profondo, il raro, il più lontano chiarore che ancora non si può vedere in quelle parole interrotte, ma anche la velocità del pensiero, ciò che mancava ma anche ciò che restava per un futuro possibile e un tempo profondo, a volte falso amico che divora la nostra carne come quarziti nel cammino distratto dall'emozione del paesaggio, tempo bello che suona anche infiniti allarmi nei ricordi e nelle prognosi. Siamo tutti qui, una nuvola sottile ci copre, un sibilo in una nota veloce sul pianoforte, siamo dietro la tenda e passiamo davanti raccontando storie, ci fermiamo un breve istante ma proseguiamo insieme.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Oitava

A gente vai E sem querer Fios entrelaçados, longos, soltos, desencapados Curtos Vão Ficam Nó que não cabe Num olhar relance Som, dó de ir assim Oitava onda que o tempo leva. Não dá para deixar Mas fica A gaveta, o cabide O recheio Que só quem viveu.

sábado, 26 de abril de 2025

Tramonto

Eu sei, eu o vi No foco do fogo, além do pequeno, sempre Mas que te enredou de surpresa, sem chance. Como um laço de labaredas. Foi apertado demais, no peito, te ouço até dizer Não, não reclama, constata, assim bem a seu jeito. Também nesse peito cheio de paixão morava um nó Trançado e traiçoeiro que eu sei, eu o vi nos silencios e também nas gargalhadas, consolo, também para mim. Também vi distâncias, compassos, mares de montanhas Nossas, de ferro, de todos, um pouco de felicidade e muitas, muitas grutas, insondáveis e quello tramonto, ma, peccato, era nuvoloso. Como ser mais o que mais não foi? No viés que era a viagem, das grandes Vc na métrica do tempo estático e vibrante Em pedra suada, lavada de luz, relampagou.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Cinquetempi

E canta em cada ângulo O som disperso, Memórias Notas de vozes Adornando agoras Marcha a ré, sétima lição prensada No tempo Inábil, calmo, caótico, presente, sem tempo Na teia de um conto lido Assim, do nada, a minúscula aranha. Nas silhuetas da sala, de tudo, as paredes Big bangs de tintas De olhar mais esperto. Um cenário ainda intacto, entranhas, de ruas Viagens do acaso, repassado, fatal. Uma gota certa e uma outra incerta. Goteira dentro, brinca. Lá fora serena Ou chove de novo.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Peripecias

A chave Da terra Do céu Ex posta Aqui agora Nessa entrega Nesse enlace E... Em espiral. Espiralada saudade Engolida nas letras e músicas Da narração Tudo presente nas vírgulas, Texturas, orações. Bumbo do baião, Hendrix pimenta. Plot twist delirante...

domingo, 16 de março de 2025

Poda

óleo, ódio e guerra quando se espraiam só a reza, sienciosa da natureza com seus meandros cicatrizantes anti gente degradante.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Respeito

Não houve respeito ao limite Do terreno A lei ambiental Ao luto A luta pela vida Nem respeito a morte Foi tudo Só anti-vida Uma trava com raiva Um travo na garganta Esquartejamento Inútil De seres tediosos E tenebrosos E seu curral.

terça-feira, 11 de março de 2025

Boiando no mar piscina

Ontem boiei no mar piscina pensando em você, como vc gostava disso,...e vi essa foto de quase 40 anos agora, eu 28, vc 22, mas ontem vi o seu céu, só um pouquinho, que isso é de cada um, é secreto...também pensei em Helena e ela logo apareceu, foi vc, certeza!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

TEM PO

Tempo de pedras e suas camadas, tempo de árvores e seus anéis. Planetas, luas, sóis, nuvens passantes Tempo do formigueiro, Das flores Pra não dizer dos homens e sua desmedida Inútil Tempo de pensamentos perdidos Ganhos em segundos ... Sim, epifanias, Tempo de um meteoro Feliz, a toda, a nós. Curva do tempo, quanta, Inefável...

domingo, 22 de dezembro de 2024

JURA

Desconfio, desfio esse enredo, sem medo revelo, desconfiava, vc olhava o ponto tridimensional da curva, do tempo, linha que agora é visível, dolorida e dura como em juras, no jura que do conhaque ensaiei, siamo uguali, però diversi. Mas nem se abalou, já sabia da altura além de onde eu acaso vislumbrei alguma sua poesia e tanta vida a esgarçar os picos dos instantes moles e os pequenos dias, leveza em mudanças de tons, estradas, oitavas de poucos ouvidos.

sábado, 14 de dezembro de 2024

Alan

Alan, Sei que é muito, muito mais, porque além de um inacreditável documento óbito, prova de que vc se foi, encontro-o vivo, intensamente vivo, pulsante em seus textos e entrelinhas que garimpo. Na bateia contos, crônicas e causos e veredas faiscam e se desdobram em um tempo-espaço indefinido, onde navego agora enquanto estou aqui. É uma casa vazia hoje, sim, vc não está mais, casarão da família que já foi de todos nós, mas lembro bem o dia em que essa casa também te viu nascer. Continuamos então...