sábado, 31 de maio de 2025

Tal vez dizer sim fosse ré volucionario

sábado, 24 de maio de 2025

O que faço...

O que faço com tudo isso? Zippo as memórias, abro as gavetas, releio as linhas que brotaram da inspiração? Uso o casaco mais colorido, encho os pneus, bicicleta para uma volta? E tem as horas mescladas, e tem os sonhos traçados numa trilha brilhante de quartzitos míticos, por de sol. Lá no alto. Sim, tem os mares, embaixo, nem precisa dizer. Os pereguns intensos nos barrancos, o limoeiro acanhado, aterros a ruir, ...o que posso com tudo isso se tudo ficou imóvel, a voz num eco, oco de tempos apressados, e de calma rural numa segunda feira especial, de chuva que chora. E tem para brisas, estradas em pó. O que faço com o céu cada vez mais infinito, intenso, se as vezes nem chego a netuno? Para que serve todo esse silêncio? Qual herança, qual poesia, qual gargalhada, que samba num triste e feliz, suado carnaval?

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Nona, nonna

Il piccolo, il comune, l'immune quotidiano sono sempre stati lì, ma anche il profondo, il raro, il più lontano chiarore che ancora non si può vedere in quelle parole interrotte, ma anche la velocità del pensiero, ciò che mancava ma anche ciò che restava per un futuro possibile e un tempo profondo, a volte falso amico che divora la nostra carne come quarziti nel cammino distratto dall'emozione del paesaggio, tempo bello che suona anche infiniti allarmi nei ricordi e nelle prognosi. Siamo tutti qui, una nuvola sottile ci copre, un sibilo in una nota veloce sul pianoforte, siamo dietro la tenda e passiamo davanti raccontando storie, ci fermiamo un breve istante ma proseguiamo insieme.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Oitava

A gente vai E sem querer Fios entrelaçados, longos, soltos, desencapados Curtos Vão Ficam Nó que não cabe Num olhar relance Som, dó de ir assim Oitava onda que o tempo leva. Não dá para deixar Mas fica A gaveta, o cabide O recheio Que só quem viveu.