domingo, 29 de julho de 2018

Um gole

Um gole desse veneno espumante transborda…lição aprendida, dos lábios, meias palavras e o olho recusa o misencene, invade meu cubículo de tempo, um moedor de dor, moinho de gravidades frouxas...sobrevôo tranqüilo e nervoso nesse território de vaidades vagas.

Estou num barco e ao meu redor um vasto oceano me devora, minha carne sal moura já nem sente a sede, tórrido sol transpassa a pele ignora músculos e seca  poucos pensamentos...mas estou numa cidade, agonia e prazer de uma metrópole, um mar também, árvores edifícios e macacos restantes nas janelas de um domingo...rios extintos, fantasmas que ainda sonham! Eu também a toa...macaco de um cio fabuloso que engole os dedos dos amantes a meia luz...às segundas, a boca engole também a outra que tudo fala depois do gozo!

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